terça-feira, 16 de março de 2010

Sobre a lei anti-fumo

(obs.:Isso era pra ser um trabalho da facul que acabou não sendo entregue...)


A lei anti-fumo que está em vigor no Estado de São Paulo é no mínimo infame. A polêmica em relação à lei está baseada na afirmação de que existem outras pessoas (os fumantes passivos) que não possuem o hábito, mas que acabam inalando a fumaça dos fumantes próximos, o que obviamente prejudicará sua saúde também. Até aí, a lógica está correta e plenamente coerente. Mas quando foi que eles pensaram nos fumantes que fumam por prazer e que não se importam com o que isso pode estar acarretando para sua saúde? É aí que quero basear meu ponto de vista.
A lei seria digna de aplicação se agregasse também o ponto de vista dos fumantes. A meu ver, que também sou fumante, a lei está baseada em conceitos errados. Tudo porque a moral diz que devemos prezar pela saúde e que fumar é errado, mas eu acredito no livre arbítrio em poder fazer as escolhas referentes à minha vida. A lei simplesmente excluiu os fumantes como se estivessem à margem da sociedade. Lembro-me bem que logo quando a lei entrou em vigor, quando eu ascendia um cigarro na rua, eu era apontada e observada com olhos atônitos, me sentia como se fosse uma criminosa burlando a lei a olhos vistos. Ou seja, tal lei serviu mais para legitimizar a ideologia de cunho moralista de que o fumante é uma pessoa a margem da sociedade que deve ser excluída. Parece-me mais uma ditadura do que qualquer outra coisa, pois não se pode fumar em nenhum lugar que não tenha fluxo de ar natural (nem embaixo de toldos, temos que ficar nas sarjetas e na chuva). Por que não a criação de áreas especiais como fumódromos com isolamento eficiente? Porque ninguém quer gastar dinheiro com o conforto do fumante, porque tem mais valia o não fumante.
Creio que este seja mais um problema de educação do que de restrição. Campanhas publicitárias com o Dr. Dráuzio Varella afirmam que esta lei beneficia os fumantes sim, pois estes acabam fumando menos e diminuindo gradativamente o hábito. Francamente, quem acredita nisso só pode ser ingênuo. Se o indivíduo quer abandonar o hábito, por mais difícil que seja, ele vai abandonar por sua própria força de vontade e disciplina e não obrigatoriamente, através de restrições, leis e multas. Realmente não faz sentido! Seria o mesmo que trancar uma pessoa com compulsão alimentar em um spa ou um ambiente em que essa pessoa tenha restrições em relação à comida de forma superficial, sem que a pessoa tome contato com suas verdadeiras motivações, apenas tirar a comida e pronto. Quando ela sair, a compulsão voltará porque ela foi restringida naquele ambiente anterior, mas suas intenções, suas motivações interiores não mudaram efetivamente. A pessoa só vai mudar se ela realmente quiser e estiver genuinamente inclinada a mudar.
Por fim, acredito que se vivemos numa democracia, o mínimo que os nossos dirigentes deveriam ter é a consciência de que essas leis são hipócritas, que lançam mão da demagogia moralista, de certo e errado, bom ou ruim, e que seu dever é pensar na sua população como um todo, e não apenas nos “bonzinhos” da história, a grande massa não-fumante eleitora.

quinta-feira, 4 de março de 2010

A Alice de Tim Burton é vista em Londres

Pré-estreia mundial do filme do cineasta, Alice no País das Maravilhas, leva até o príncipe à plateia

Rafael Andrade, do limão.com.br

SÃO PAULO - Alice no País das Maravilhas, de Tim Burton, teve pré-estreia mundial nesta quinta-feira, 25, no Cine Odeon da Leicester Square, em Londres. Na première estiveram o príncipe Charles, Camila Parker Bowles e todos os figurões do império Disney. Mais cedo, também nesta quinta, a rede Odeon, que ameaçava boicotar o filme por causa da decisão da Disney de antecipar o lançamento do DVD, voltou atrás.

O tradicional tempo ruim da capital inglesa permaneceu ruim, como quase sempre. Mas a garoa forte não afastou centenas de fãs que se aglomeraram diante do cinema, alguns deles fantasiados como personagens de Alice. Nem intimidou a disposição das celebridades em posar para os flashes.

"Eu levo esse tempo comigo por onde passo", brincou Tim Burton no green carpet. E, depois da gracinha inicial: "Os personagens criados por Carroll são ícones da cultura pop que inspiram bandas e artistas plásticos. Trabalhar com isso foi fantástico".

Perguntado sobre a relação da tecnologia com o modo de se conceber seus longa-metragens, Burton foi incisivo: "Quem gosta de se divertir vendo filmes, vai aceitar bem. Principalmente Alice, que é essa viagem toda".

A história é a mesma de Lewis Carroll que já foi adaptada para o cinema mais de 20 vezes. A menina Alice (Mia Wasikowska) adormece e acorda em um mundo mágico cheio de personagens esquisitos, como o Chapeleiro Maluco (Johnny Depp, pela 7.ª vez no elenco de Burton), a Rainha Branca (Anne Hathaway) e a Rainha de Copas (Helena Bonham Carter). Mas, para quem é fã de Tim Burton e gostou da experiência 3D de Avatar, Alice é sem dúvidas o filme mais aguardado da temporada.

Todo o burburinho da pré-estreia desta quinta foi transmitida ao vivo pela internet. A exibição do filme, claro, foi offline. Por aqui, Alice deve estrear em 23 de abril.


Mia Wasikowska, como Alice

Johnny Depp (Chapeleiro Maluco), Helena Bonham Carter (Rainha de Copas), Anne Hathaway (Rainha Branca)











Matt Lucas duplicado (Tweedle-Dee e Tweedle-Dum - Anões Gêmeos)

Stephen Fry como Gato Risonho (The Cheshire Cat)


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